terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Querido,

Há quanto tempo eu não sinto frio. Tenho saudades das suas cócegas e daquela gargalhada que só você rouba. Você devolve? Traz junto o frio na barriga? Sabia que eu perdi seu endereço? Eu me perdi. Não, dessa vez não foi no meio das minhas incertezas. Foi no viver mesmo, sabe? (Como num metrô, querido, em horário de pico) O seguir. Mas aí você foi embora e levou meu sambar. Onde você mora agora? Em que veia desse meu peito? Esquerdo? Não, meu amor, não segue o fluxo. Traz meu frio de volta e teu abraço que aquece a alma. Deixa eu me perder de novo entre as tuas linhas. Querido, faz mais um samba pra mim?



With love in her eyes and flowers in her head...